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ENCANTOS DO BRASIL: XILOGRAVURA E CULTURA POPULAR, publicado em 2019, contém textos e xilogravuras que abordam narrativas, folguedos e personagens da cultura popular.

"Busquei colocar as pessoas em contato com o amplo e variado universo da cultura brasileira", explica o autor.

As xilogravuras exploram as possibilidades formais das mandalas e dos azulejos portugueses. Essas qualidades se articulam com imagens que evocam as nossas origens africanas e indígenas, além de retratarem os variados motivos e expressões presentes nos folguedos populares e nas lendas brasileiras.

O livro apresenta uma abordagem renovada

de diversas tradições da cultura popular.

"Nele, reafirmo meu compromisso com a defesa da história cultural do Brasil, ao mesmo tempo em que evidencio o meu encantamento

por ela", resume Pedro de Lima.

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Olho o jardim:

um pedaço da natureza

no planeta ameaçado.

Olho e fico aliviado:

ainda há esperanças!

Há minhocas

adubando a terra.

O besouro rola-bosta

ajuda na faxina.

E o inseto mané-mago

magro, sobrevive.

 

As aves espalham

sons e sementes

no jardim.

 

Joaninhas passeiam

na folhagem.

Borboletas adejam

flores coloridas.

E um inseto louva-deus.

Ainda há esperanças!

Nem tudo são flores...

 

Escrito e publicado em comemoração de seu aniversário de 70 anos, em 2017, este livro digital contém fotografias, relatos e poemas inéditos, que formam um almanaque biográfico, através do qual o autor apresenta-se aos leitores.

 

Nesta obra, Pedro de Lima relata fatos pessoais

vividos em sua trajetória (trabalhos, viagens, encontros, descobertas) e, também, expressa suas impressões a respeito da história política brasileira,

especialmente os fatos que marcaram

o ano anterior à publicação.

 

Assim começa o livro: 

"No dia 29 de junho completei os meus setenta anos. Faço parte das promissoras estatísticas sobre a expectativa de vida dos brasileiros.

Mas, sei que nem tudo são flores.

Há também espinhos, fome, balas e punhais. [...]

 

Não dá para esquecer o fato de que no início da minha caminhada, na primeira juventude, havia a ditadura militar de 1964.

E agora vivemos as consequências nefastas do golpe parlamentar de 2016. [...]

De novo, é preciso resistir e lutar contra a desesperança. Pois nem tudo são flores."

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Para amigos diversos 

Publicado em 2012, o livro é dedicado à amizade - como seu próprio título anuncia.

 

É uma ode a amigos e amigas diversos

e de versos, que tornam a vida

mais diversa, alegre e prazerosa.

Nesta obra, Pedro de Lima retoma uma vocação, de certo modo, ofuscada

(ou deixada em segundo plano) 

pelo tempo em que atuou como

professor de arquitetura e urbanismo:

xilogravura, arte aprendida quando estudante em Brasília e que voltou a praticar nesse mesmo ano, ilustrando seu livro.

 

 

Uma dessas criações de 2012 

é a xilogravura abaixo, inspirada em 

Fernando Pessoa e seus heterônimos:

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"Acredito que amigos, poesia e poetas, apesar do tempo e da distância - e apesar das idiossincrasias e das particularidades de cada um - guardam em si uma liga, uma rima, uma música, nem sempre perceptível ao primeiro abraço, ao primeiro verso, ao primeiro acorde", 

declara Pedro, na Introdução da obra.

Para amigos diversos reúne escritos autobiográficos,

xilogravuras e poemas que expressam sentimentos, ideais e engajamento em lutas políticas e sociais.

Também publicou sete livros sobre arquitetura, urbanismo, modernidade e temas afins, relacionados

às pesquisas que desenvolveu em sua trajetória acadêmica:

O mito da fundação de Natal e a construção da cidade moderna (2000)

Natal século XX: do urbanismo ao planejamento urbano (2001)

Arquitetura no Rio Grande do Norte: uma introdução (2002)

 

Saneamento e modernização em Natal: Januário Cicco, 1920 (2003)

 

Luís da Câmara Cascudo e a questão urbana em Natal (2006)

Cidade sempre nova e outros escritos (2009)

Rumo à estação progresso: mito e construção da cidade moderna (2010)

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A literatura de cordel também marca presença nesta bibliografia:

"Como um cordel encantado das lembranças

dos irmãos" (2014), no qual relata suas memórias afetivas vividas em família;

"Crato em Cordel" (2018), um relato da história da cidade: suas origens pré-históricas, as várias ocupações da região do Cariri, onde se situa a cidade do Crato, no Ceará, seus personagens e fatos históricos.

 

 

 

 

 

 

 

 

Em todos, as ilustrações são xilogravuras do autor

Mais quatro cordéis, já publicados, compõem uma Coletânea lançada no final de 2020:

"Natal 400 anos", celebrando o histórico aniversário da cidade, em 1999 (embora esteja publicado no livro Para amigos diversos, atualmente o cordel foi revisado para futura publicação);

"Bala perdida" (2018-2019), sobre a violência estrutural do país, que atinge principalmente a juventude negra;

"Era uma vez um chapéu" (a primeira versão, escrita em meados dos anos 1980, foi revista e atualizada em 2020) - é uma brincadeira com a história fantasiosa da Chapeuzinho Vermelho, que passa a conviver e interagir com personagens da cultura nordestina;

"Tempos Obscuros" (2019-2020), sobre os rumos da história política brasileira: as manifestações de 2013, o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, a prisão de Luís Inácio Lula da Silva, em 2018, e a ascensão da extrema-direita, em voga desde então - dentre outros acontecimentos marcantes.

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